
Quando consultamos o dicionário encontramos: "Grande afeição de uma pessoa por outra - Afeição, grande amizade, ligação espiritual - Carinho, simpatia - Desejo sexual, etc." Geralmente quando se fala em amor logo se liga a palavra a um relacionamento entre um homem e uma mulher, e a partir deste ponto, é possível então analisar os níveis de intensidade desse "amor" que tanto se ouve falar.
Existem níveis de amor, amor entre marido e mulher, entre namorados, entre mãe e filho, entre amigos em uma sincera amizade, amor à bens materiais, ao dinheiro, à posição social, etc. Sem dúvida alguma todos são de extrema importância e se existente em equilíbrio e de forma dosada, são momentos que permitem felicidade àqueles que amam.
Mas vamos nos deter pelo momento, ao amor entre um homem e uma mulher.
Existem várias histórias e muitas delas reais, onde pessoas se envolveram em um grande amor, sonhando em ouvir alguém dizer ou escrever sobre eles, aquela famosa frase dos contos infatís que diz: "E viveram felizes para todo o sempre!".
No entanto, nem sempre as coisas são assim... Também são conhecidas histórias reais, onde as pessoas envolvidas não conseguindo dosar o nível de intensidade do amor, passam a viver verdadeiros estágios de obcessão que em muitas vezes culminam em complexa paranóia de ciúmes, que nada mais é, que um sentimento de possessão por não se ter controle e equilíbrio no ofertar e receber o amor que vivem.
E o mais interessante é que o próprio dicionário que define o amor como sendo algo bom, na sequência assinala a condição de oposição, apresentando como antônimos, sentimentos como o ÓDIO e a AVERSÃO.
Mas afinal, como entender, como justificar atitudes e condutas de ódio e aversão, em pessoas que até então desfrutavam de "amor intenso e envolvente"?
Quando o amor é substituído pelo ódio que é agravado pela paranóia do ciúmes; logo lemos nas manchetes dos jornais, notícias que registram maridos e esposas que se agradiram mútuamente, chegando em muitas vezes a colocar fim na vida um do outro por que amávam demais e não suportaram serem contrariados em algum momento do relacionamento.
Não é estranho? Pessoas que amam se transformando em pessoas violentas, pessoas que esvaziam o coração para dar lugar ao ódio em uma conclusão radical que diz que se não forem felizes juntos, não o serão com mais ninguém.
O Antagonismo que encontramos em situações de amor e ódio é facilmente explicado quando entendemos que o amor que se compra e se vende é algo que se assemelha a simples atração física ( quase sempre ditado e incentivado pela mídia que define o perfil, o padrão, do homem e da mulher atraente), e a sentimentos de domínio, de posse, de propriedade sobre a pessoa amada. O resultado do acréscimo destes ingredientes aos relacionamentos é quase sempre coroado com desgraça e infelicidade.
Tudo que existe de forma exagerada pode levar a pessoa à um estágio de "Dependência Psicológica", e o que era para ser bom e prazeroso passa a ser doentio.
Diante destas desastrosas realidades, tal como os Alcoólatras Anônimos, já existem grupos de pessoas que se unem para ajudar outras, com estes distúrbios de exagero na intensidade de amor. Pessoas que procuram ajuda destes centros, são pessoas que chegam a perder suas próprias indentidades, em uma vida que comporta apenas a vida da pessoa amada. O parceiro ou a parceira passa a ser o centro de tudo.
No caso de uma rejeição, de uma traição, ou mesmo de uma atitude contrária ao rítimo do que ela julga normal para o relacionamento; inconscientemente é desencadeado verdadeiras ações violentas que muitas vezes chegam a levar a morte nos conhecidos crimes passionais.
O que a Bíblia nos diz sobre o amor?
Antes de nos dedicarmos a esta análise é importante dizer que quando o homem decide destituir Deus da posição de Deus em sua vida, o que fica em seu coração é um tremedo vazio, que apresenta uma sintomatologia de angústia e sempre necessidade de preenchimento. Quase sempre então, este vazio é preenchido pelo amor de uma mulher, ou no caso dela, pelo amor de um homem; quando não, por cobiça e desejos de poder que quase nunca têm fim. Deus passa então a ficar à margem daquela vida.
Todo exagero é extremamente perigoso.
Tudo na vida do homem precisa exisitr em equilíbrio e em tudo deve seguir de forma harmoniosa.
Se Deus não é o Senhor absoluto, se Ele não está no total controle da direção do viver de uma pessoa; esta seguirá seu caminho ao sabor dos seus próprios desejos, suas próprias cobiças e em grande engano. Leia o que diz Jeremias:
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,
e desesperadamente corrupto;
quem o conhecerá?"
(Jr. 17:9)
Sem equílbrio, o que era para ser bom, pode a qualquer momento ser transformado em obcessão, que sempre leva o homem à prisão emocional e a um estágio avançado de angústia e sofrimento da alma. Tudo isto por ter dado a um homem, a uma mulher ou a outros valores o lugar que deveria ter sido dado somente a Deus.
Disse Jesus certa vez: " amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento." (Mateus 22:37). Logo, se houver equilíbrio, se Deus ocupar o lugar de Deus no coração do homem, todas as coisas a ele serão acrescentadas, inclusive a mulher ou no caso da mulher o homem que pela vontade de Deus será a companheira, o companheiro por toda a vida.
O exagero cega o entendimento e mergulha a pessoa na cobiça e em uma profunda sensação de posse e domínio sobre a vida da outra pessoa. O exagero escraviza e causa infelicidade.
Quando lemos a Palavra de Deus, nela identificamos vários tipos de amor, o eros, o philo, o familiar e aquele que sem dúvida é o mais importante, o " Amor Ágape" ou o amor que existe de forma incondicional.
O Apóstolo Paulo define o amor em 1 Coríntios 13:4-7, vejamos:
O amor é paciente, é benigno;
o amor não arde em ciúmes, não se ufana,
não se ensoberbece, não se conduz inconveniente,
não procura os seus próprios interesses,
não se exaspera, não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça,
mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta."
Como podemos ver, mais que uma simples emoção, o amor é um verdadeiro princípío de ação, é um negar-se a si mesmo pela felicidade da vida do próximo.
Se o mundo conhecesse o amor verdadeiro... Será que existiríam tantas tragédias provocadas, tanta miséria, tantos infelizes e necessitados?
A maior prova de ato de extremo amor podemos encontrar em
João 3:16:
"Porque Deus amou ao mundo
de tal maneira,
que deu o Seu Filho unigênito
para que todo o que Nele crê,
não pereça, mas tenha a vida eterna."
Tudo na vida é passageiro, só o amor de Deus, base para todo o amor que aqui vivemos; dura para sempre.
Que você possa rever seus conceitos e intensidade do amor que você vive. Que consiga colocar na base deste sentimento os valores que lemos em Efésios 5:2:
E andai em amor, como também Cristo nos amou
e se entregou a si mesmo
por todos nós."
Que o seu conceito de amor possa ser melhor aplicado e lapidado em seu coração, em sua vida.
Um forte abraço
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