domingo, 27 de novembro de 2011

E SE NÃO HOUVER O AMANHÃ?


"por isso, vos digo:
não andeis ansiosos pela vossa vida..."
(Mateus 6:25)

A vida se agita de tal maneira que acabamos reunindo nossos planos e projetos em uma agenda de compromissos, e nela registramos tudo aquilo que precisamos fazer no dia e talvez até na semana seguinte, e dependendo da atividade, muitos conseguem ter de forma pré estabelecida, uma agenda até mesmo anual dada a complexidade e ao rítimo de tudo que os envolve.
Já cheguei a falar em alguns momentos que por conta dos muitos compromissos, seria interessante  que o dia tivesse mais algumas horas para que fosse possível concluir todas as tarefas que havia planejado.
Penso que é o preço do progresso e do desenvolvimento e como alguém já disse "a vida perde a simplicidade à medida que ganha em complexidade".
Não é mais possível dizer que  a vida agitada seja apenas um estilo de vida dos grandes centros, lógico que neles e muitos até mesmo com características cosmopolitas, seria impossível não conviver com o rítimo intenso; mas, se formos observar, regiões que anteriormente tínham como atrativo o aspecto da tranquilidade e até bucólico, dia após dia também passam a viver seus momentos de agitação, principalmente por receberem um contigente maior daqueles que fogem dos grandes centros.
Agitação, agenda e compromissos dos mais variados, e se o amanhã simplesmente não vier a existir quebrando totalmente o seu esquema de organização e de controle? Como seria?
Como seria se nas poucas horas que você teve durante o dia e geralmente sempre em meio a intensa correria, horas que teoricamente você teria para descansar ou mesmo para fazer um "fast food" e quase que no automatico, você entre uma garfada e outra consultasse e-mails, fizesse anotações de planos e compromissos para o próximo dia, visse o dia terminar, o chegar tarde em casa, o deitar em sua cama e derrepente, os últimos sons que ouviu foram vozes, agitação, bipes e uma sensação de choque no peito, descobrindo então que não haveria  o sol no dia seguinte, não haveria o amanhã e que sua vida simplesmente fora interrompida pelo caos da morte?
Já pensou nisto?
Você fez tantos planos, manteve sua vida em movimento, pouco tempo dedicou a sua vida pessoal, a sua família, aos seus amigos, a Deus e subitamente passou a ser, aos olhos de todos, um corpo inerte, pronto para ser levado à terra para se transformar em pó tal como nas orígens.
Já parou para pensar que mais cedo ou mais tarde, e pode estar certo que o momento exato compete a Deus e a Ele somente, você deixará por aqui tudo aquilo que conquistou, que amealhou durante toda a sua vida e seguirá sozinho em uma jornada onde nenhum amigo ou parente vão desejar te fazer companhia? Será simplesmente o seu momento solo!
Nesta reflexão então, precisamos analisar dois aspectos e ambos no final vão estar interligados.
O primeiro deles refere a sua vida e a sua postura no seu meio, no seu convívio enquanto estiver por aqui.
Agora pense, como você será lembrado quando não estiver mais aqui na terra?
Será lembrado como um(a)  filho(a), um marido, uma esposa, um(a) amigo(a), alguém que fez a diferença, que foi apoio, que foi amoroso(a), que foi leal, que foi honesto, que foi presente  e mesmo com todas as agitações nunca abriu mão de grandes momentos com as pessoas tão importantes; Ou será lembrado como um(a) filho(a), um marido, uma esposa, um(a) amigo(a), como sendo alguém que durante sua vida foi arrogante, prepotente, egoísta, desleal, violento e que trocou momentos de carinho e harmonia pela posição, poder e status, deixando claro serem estes momentos algo simplesmente desprezíveis e até inconcebíveis para alguém de tamanha posição? Complexidade onde deveria haver simplicidade!
Como você pretende ser lembrado?
Com sua morte, as pessoas sentirão falta da sua companhia? Sentirão saudades de você ou viverão uma sensação de alívio pela libertação do convívio com alguém tão duro?
Já o segundo deles em consequência ao primeiro, refere-se ao seu encontro com Deus. O corpo voltará ao pó e o espírito a Deus que um dia o fez.
Como você pretende se apresentar diante de Deus? Como alguém que semeou a discórdia, a violência, e a arrogância ou como alguém que fez a diferença quando esteve por aqui?
Será que quando seus amigos estiverem reunidos para o seu sepultamento, Deus irá ver lágrimas de saudade e sofrimento por sua partida, ou Ele estará ouvindo comentários feitos em voz baixa pelos cantos, alguém dizendo que você já fora tarde demais?
Tudo irá depender de como foi sua vida.
Portanto amado(a) é fundamental que você pare agora mesmo e faça já uma análise, um balanço da sua vida e o que tem feito dela, e através dela o que tem feito pelos outros.
Você pode neste momento já estar com seua agenda toda pronta para o dia de amanhã e isto está certo, nada contra isto, nada contra ser organizado, só pare para pensar se sua vida não está sendo totalmente controlada por ela e por compromissos ao ponto de ter sua vida anulada. Lembre-se que o sol poderá não surgir trazendo mais um amanhã em sua vida.
Você pode falar com certeza que fez tudo que podia por sua vida e a vida do seu semelhante? Tem absoluta certeza que se Deus te chamar neste momento ou mesmo nesta noite, sua vida com Ele na eternidade é algo certo e inquestionável? Deus pode se orgulhar da vida que você leva?
Se o fim chegar e o amanhã não surgir,
sua agenda ficará sobre o móvel ou dentro da sua pasta, você não irá cumprir seus compromissos, vai faltar! Suas posses, seus bens e propriedades, talvez irão fazer a outros felizes ou mesmo trará discórdia no momento das divisões, das partilhas.
Muitos dos seus segredos talvez venham a tona e sua vida talvez seja escancarada a todos.
Daqui nada levamos e o tudo que aqui deixamos fará toda a diferença para ouvirmos de Deus:

"...Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino
que vos está preparado desde a fundação do mundo.
Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede,
e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes;
estava nú, e me vestistes; enfermo,
e me visitastes; preso, e fostes ver-me."
(Mateus 25:34-36)

A vida é simples, nós é que a complicamos!
Como não conhecemos o amanhã e nem mesmo sabemos se ele irá existir, procure cuidar da sua vida no hoje e no agora, pois enquanto houver vida, haverá tempo de mudança, de arrependimento, de fazer o certo, de voltar atrás, de pedir perdão, de entregar sua vida e coração a Jesus Cristo, o único caminho.
As adversidades que muitas vezes nos são impostas e as dificuldades que nos envolvem, na maioria das vezes poderiam ter sido evitadas se reconhecessemos que  sem Deus nada somos, nada temos, nada podemos.
Afastá-lo(a) de Deus é o maior objetivo do nosso inimigo, para isto ele nos leva a uma vida de excessos, a uma mente tumultuada por tantos compromissos.
Não se iluda em pensar como muitos pensam, para tantos, os erros cometidos aqui poderão ser corrigidos mesmo depois da morte  retornando em sucessivas reencarnações. Isto não passa de um terrível engano semeado pelo inimigo, um engano demoníaco que todos os dias tem aprisionado muitas vidas.
Quando seus olhos fecharem para este mundo, serão apenas você e Deus. Poderá então ser um momento maravilhoso de comunhão com o criador, ou então ser um momento de decepção para Ele que deu a você quando aqui esteve, todas as oportunidades de corrigir seus erros e você não teve tempo, não teve espaço na agenda para ouví-lo. Cuidado!
Abra sua agenda, cancele seus compromissos e marque um encontro com Deus, marque momentos de comunhão com o Deus que te ama, o amanhã poderá até não surgir, mas também, o que vai importar, você estará com Aquele que deve ser a razão da sua vida.
Pense nisto!

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